Os homens revoltam-se naturalmente contra as injustiças das quais são vítimas. Consequentemente, quando o roubo é organizado por lei para o lucro de quem faz a lei, todas as classes roubadas vão tentar participar – pacifica ou revolucionariamente – na legislação. De acordo com a sua sabedoria estas classes roubadas vão propor uma das seguintes tentativas de adquirir poder político: Abolir o roubo legal, ou participar nele.
Ai que desgraça que cairá em cima da nação quando este ultimo propósito (participar no roubo legal) prevalecer entre as vítimas massivas do roubo legal e quando estes, por sua vez, adquirerem o poder para fazer leis! Até isso acontecer, os poucos continuarão a praticar o roubo legal à maioria, uma prática comum onde o direito de participar na legislação é limitado a poucas pessoas. Mas depois, a participação na legislação tornará-se universal. E depois, os homens irão procurar equilibrar os seus interesses conflituosos com o roubo universal. Em vez de cortar com a raiz das injustiças encontradas na sociedade, eles tornam-as injustiças gerais. Logo que as classes roubadas ganharem poder político, elas establecem um sistema de represálias contra as outras classes. Elas não proíbem o roubo legal. (Este objectivo requereria mais iluminacao do que aquela que elas possuíem.) Em vez, elas emulem os seus predecessores malignos ao participarem no roubo legal, mesmo que isto seja contra os seus próprios interesses.
É como se fosse necessário, antes de alcançarmos um reino de justiça, que toda a gente sofra a cruel retribuição – alguns pela sua maldade, e outros pela sua falta de compreensão.
sábado, 27 de março de 2010
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